quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Várias injustiças e a opção paulista de inundar os pobres
17/12/2009 - 08:08
A opção paulista de inundar os pobres
Por Ernesto Camelo
Da UOL Notícias
Comportas fechadas na barragem da Penha para proteger a marginal ajudaram a alagar a zona leste de SP
Fabiana Uchinaka
As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas. Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.
“Mesmo fechando as comportas, encheu o [córrego] Aricanduva. Se eu não tivesse fechado aqui, teria alagado as marginais e toda São Paulo”, justificou Sérgio, que explicou que a decisão vem da direção da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). Ele acrescentou ainda que no dia 9 duas comportas foram abertas às 10h10 e mais duas às 21h.
O engenheiro argumenta que cada barragem (são quatro em São Paulo: Móvel, Penha, Mogi das Cruzes, Ponte Nova) é responsável apenas por administrar o fluxo de água do local e não sabe o que acontece nos outros pontos, porque não há comunicação. Mas ele acredita que as comportas foram abertas nas barragens de cima, em Mogi, e isso influenciou no alagamento da região da zona leste.
“Não recebo informações de outras barragens. As de cima são administradas pela Sabesp e as de baixo pela Emae. Eu só respondo por essa barragem e às ordens da Emae”, disse. “Também acho estranho o nível da água não baixar aqui e não sei por que está indo para os bairros, mas não precisa ser especialista para ver que está assoreado [o rio]“.
Ele trabalha há quase 15 anos no local e conta que desde o governo de Orestes Quércia (1987-1991) não são colocadas dragas para desassorear o rio na parte que fica acima da barragem. “O governo tentou colocar de novo, mas a própria Secretaria de Meio Ambiente não deixou, porque não tinha bota-fora [local para despejar a terra retirada]“, afirmou.
O desassoreamento do rio daria mais velocidade ao escoamento da água e aumentaria a área de reserva de água perto da barragem, o que impediria o transbordamento para os bairros adjacentes.
Para Ronaldo Delfino de Souza, coordenador do Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal, o governo fez uma opção. “Ou alagava a marginal ou matava as pessoas no Pantanal. E matou”, disse. “E ainda bota a culpa nas moradias. O Estado só se preocupa com o escoamento de mercadorias, só pensa em rodovia. Vida humana não importa”.
Moradores e deputados estaduais fizeram nesta quarta-feira (17) uma inspeção no local para saber se a abertura das comportas tinha relação com o alagamento no Jardim Romano e no Jardim Pantanal, que já dura nove dias.
O movimento, formado por moradores de diversos bairros localizado na várzea do rio Tietê, acusa o governo do Estado e a prefeitura de manterem a água represada além do necessário como forma de obrigar as famílias a deixarem a região, onde será construído o Parque Linear da Várzea do Rio Tietê. Há anos, os moradores resistem em sair dali, porque dizem que o governo não apresenta um projeto habitacional concreto e apenas oferece uma bolsa-aluguel.
“Não era para as máquinas estarem trabalhando aqui? Cadê? Não tem um funcionário do governo aqui”, reclamou, apontando para as ilhas que aparecem no meio do rio, logo acima da barragem da Penha. As dragas são vistas somente na parte de baixo da construção.
“Os córregos do Pantanal já estavam muito cheios três dias antes da chuva. Como não abriram a barragem sabendo que ia chover?”, perguntou Souza, indignado. “O que a gente viu aqui é que não houve possibilidade de escoamento, porque a água ultrapassou o nível das comportas e não tinha velocidade para descer, não tinha gravidade”, concluiu.
Segundo os registros da barragem, no dia 8 a água ficou acima do nível das comportas por 5 a 6 horas. Sérgio explicou que a queda do rio Tietê é de apenas 4% e por isso a vazão demora cerca de 72 horas desde a barragem de Mogi das Cruzes até o centro da cidade — isso sem chuva. “É demorado, sempre foi”, disse.
“Imagina o que uma hora de comportas fechadas não faz de estrago lá no Pantanal”, falou Souza, diante dos dados. “Se fecha aqui, a água para de novo, perde velocidade e vai demorar mais 72 horas para descer”, afirmou.
Os deputados estaduais que acompanharam a inspeção concordam con a teoria dos moradores. “Foi feita uma escolha e a corda estourou do lado mais fraco”, afirmou o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL). “É uma questão grave. A falta de comunicação e de um gerenciamento unificado são prova de uma falta de governância e de um planejamento na administração das barragens, o que levou, em grande parte, ao fato do bairro do Pantanal ter sido alagado”.
“Há uma estranha coincidência de que no momento da desocupação há um alagamento desses e ninguém consegue escoar a água. Não havia uma inundação dessas há 15 anos e o nível das águas está subindo mesmo sem chuva. É muito estranho e as autoridades têm que explicar”, completou o deputado estadual Adriano Diogo (PT).
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
PÁTRIA MADRASTA VIL
A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída em um livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.
A redação
Como vencer a pobreza e a desigualdade
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ
PÁTRIA MADRASTA VIL
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ?
Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.
Sem egoísmo. Cada um por todos...
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?
sábado, 5 de dezembro de 2009
O Supremo Tribunal Federal vai ter que decidir se consagra ou se nega a soberania popular no Brasil.
Se ainda nenhum conhecido e nem mesmo a mídia lhe avisou, cumpre-nos
alertar ao amigo e à amiga que está em curso no STF uma Ação de
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, a ADPF nº 196,
cuja defesa da realização do Plebiscito para instituição do Conselho
Distrital de Cidadãos no Município de Santo André transcende seus
próprios objetivos explícitos e impõe questionamento à Suprema Corte
para esclarecer se, e até que ponto, vigoram no país os preceitos
constitucionais da soberania popular e da autonomia municipal.
Na hipótese de prevalecer a concepção pura e simples desses preceitos,
sendo eles acatados em sua plenitude democrática, republicana e
federativa pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal, teremos a
garantia de que o Plebiscito de Santo André haverá de ser confirmado
e, mais ainda, a certeza de que sua realização constituir-se-á em
marco histórico na democracia brasileira por ser a primeira vez em que
o efetivo exercício da democracia direta é tentado em território
brasileiro, à luz da Constituição Federal de 1988, das legislações
estaduais e federais concernentes e, agora, da Lei Orgânica do
Município.
Pela primeira vez porque de acordo esse novo mecanismo que foi
constitucionalmente estabelecido, em Santo André a Autorização do
Poder Legislativo para a realização de plebiscitos e referendos é
agora uma obrigação da Mesa Diretora da Câmara se requerido em petição
específica assinada por parcela significativa do povo e, assim, deve
ser concedida independentemente de qualquer outro fator, até mesmo da
vontade de governantes e legisladores. E o mais importante, é que o
resultado do escrutínio subsequente é para valer, ou seja, caso
aprovado nas urnas pela maioria dos eleitores, torna-se imperativa uma
ação da Administração Pública, ou uma outorga do Poder Legislativo,
para satisfazer imediata e integralmente àquela deliberação popular.
Embora tenhamos demorado mais de vinte anos para chegar a esta
fórmula, hoje temos claro que ela pode ser a matriz da verdadeira
reforma política no país porque não há outra maneira de se fazer
democracia sem honrar a soberania popular aceitando que “todo o poder
emana do povo e em seu nome será exercido diretamente ...”,
estabelecido logo no Artigo 1º, Parágrafo Único da nossa Constituição
e aceitando, também, que o exercício dessa soberania só poderá ocorrer
através dos plebiscitos e referendos estabelecidos no Art. 14 da mesma
Constituição de 88, porém, requeridos legitima e diretamente por
parcela significativa do próprio povo.
Esta é uma reforma política imprescindível porque, excetuando-se o
caso em tela, até aqui prevalece a noção de que a realização de
plebiscitos ou referendos, em qualquer canto do país, depende
exclusivamente da aprovação da maioria dos membros do Poder
Legislativo, ou seja, o exercício da nossa democracia “direta”, para
quase todos os cidadãos brasileiros depende, ainda, da vontade e dos
acordos de conveniência dos políticos eleitos.
Fato é que o Plebiscito de Santo André, conclamado por mais de 30.000
cidadãos representando índice superior a 5% do eleitorado local, foi
legitima e legalmente autorizado pelo Poder Legislativo da cidade,
respeitando todas as Leis estaduais e federais, razões mais do que
suficientes para nos fazer crer que sua a realização, até aqui negada
pela Justiça Eleitoral, haverá de ser agora confirmada pelo STF nesta
Ação em curso.
Isto porque, para negar ao povo de Santo André o seu direito à
realização do aludido plebiscito, o Supremo Tribunal Federal haverá de
negar também, não apenas um, mas ambos os preceitos democráticos
citados, quais sejam, a soberania popular e a autonomia municipal,
princípios estes que serviram de base e fundamentaram o legislador na
elaboração da Emenda 47 que regulamentou a realização de referendos e
plebiscitos para assuntos de relevante importância na alçada daquele
Município.
Muito embora nos agrade pensar que a Suprema Corte não possa negar
esse direito ao povo brasileiro, sabemos da possibilidade de que
divergências ideológicas entre os Ministros Julgadores possam
inspirar, num determinado grupo, posições eventualmente contrárias à
prática da democracia direta no país. Mas neste momento é impossível
desenhar um cenário resultante dessas suposições.
Consequentemente existe mesmo um risco real do pior acontecer e esta
possibilidade está ressoando como alarme na consciência democrática
nacional e despertando uma onda de manifestações de simpatia e apoio
de Partidos Políticos, da OAB, da Igreja Católica, de inúmeras
organizações sociais e de alguns dos mais importantes juristas
brasileiros, consagrados defensores da República, da democracia e dos
direitos humanos no Brasil como os doutores Fábio Konder Comparato,
Dalmo de Abreu Dallari, Antonio Tito Costa, Alexandre de Moraes e
outros, a esta Causa que não é do povo andreense, nem do povo
paulista. É do povo brasileiro.
Portanto amigo(a) previna-se e posicione-se pois se acontecer do nosso
Supremo Tribunal Federal negar a realização do Plebiscito de Santo
André, com o seu “poder vinculante” tal decisão poderá barrar qualquer
nova tentativa de exercício da soberania do povo brasileiro
consagrando, assim, a autocracia dos poderosos de plantão. Daí em
diante, pelo menos duas consequências podemos antecipar para a próxima
década: primeiro, um adeus à possibilidade de evoluirmos para uma
efetiva democracia participativa no país e, segundo, será perenizada
na sociedade a cultura da corrupção.
XII Congresso da UMES
O XII Congresso da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), realizado no dia 21/11/2009 na Câmara Municipal de São José do Rio Preto, reuniu aproximadamente 200 estudantes, que escolheram o secundarista Vitor Vinícius Ladeia para a presidência da entidade na próxima gestão.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
MST e laranjas 9 de outubro de 2009
O MST é detestado por todos: da direita ruralista à esquerda chavista, passando por tucanos, petistas, psolentos, verdes, azuis e amarelos. Mesmo os que fingem apoiar o MST o detestam.
Isso porque há uma antipatia ancestral e inata contra o MST, esse arquétipo de nosso inconsciente coletivo, esse cancro irremovível que insiste em nos lembrar, mesmo nos períodos de bonança, que fomos o último país do mundo a abolir a escravidão e continuamos sendo uma porcaria de nação que jamais fez a reforma agrária.
O MST é o espelho que reflete o que não queremos ver.
Há duas questões, na vida nacional, que contradizem qualquer discurso político da boca pra fora e revelam qual é, mesmo, de verdade, a tendência ideologica de cada um de nós, brasileiros: a violência urbana e o MST. Diante deles, aqueles que até ontem pareciam ser os mais democráticos e politicamente esclarecidos passam a defender que se toque fogo nas favelas, que se mate de vez esse bando de baderneiros do campo, porra, carajo, mierda malditos direitos humanos!
O MST nos faz atentar para o fato de que em cada um de nós há um Esteban de A Casa dos Espíritos; há o ditador, cuja existência atravessa os séculos, de que nos fala Gabriel García Márquez em O Outono do Patriarca; há os traços irremovíveis de nossa patriarcalidade latinoamericana, que indistingue sexo, raça, faixa etária ou classe social:
O MST é o negro amarrado no tronco, que chicoteamos com prazer e volúpia.
O MST é Canudos redivivo e atomizado em pleno século XXI.
O MST é a Geni da música do Chico Buarque - boa pra apanhar, feita pra cuspir ? com a diferença de que, para frustração de nossa maledicência, jamais se deita com o comandante do zeppelin gigante.
E, acima de tudo, O MST é um assassino de laranjas!
E ainda que as laranjas fossem transgênicas, corporativas, grilheiras, estivessem podres, com fungos, corrimento, caspa e mau hálito, eles têm de pagar pela chacina cítrica! Chega de impunidade! Como o João Dória Jr., cansei!
Jornalismo pungente
Afinal, foi tudo registrado em imagens ? e imagens, como sabemos, não mentem. Estas, por sua vez, foram exibidas numa reportagem pungente do Jornal Nacional - mais um grande momento da mídia brasileira -, merecedora, no mínimo, do prêmio Pulitzer. Categoria: manipulação jornalística. Fátima Bernardes fez aquela cara de dominatrix indignada; seu marido soergueu uma das sobrancelhas por sob a mecha branca e, além dos litros de secreção vaginal a inundar calcinhas em pleno sofá da sala, o gesto trouxe à tona a verdade inextricável: os ?agentes? do MST são um bando de bárbaros.
(Para quem não viu a reportagem, informo,a bem da verdade, que ela cumpriu à risca as regras do bom jornalismo: após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, Fátima leu, com cara de quem comeu jiló com banana verde, uma nota de 10 segundos do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado.)
Desde então, setores da própria esquerda cobram do MST sensatez, inteligência, que não dirija seu exército nuclear assassino contra os pobres pés de laranja indefesos justo agora, que os ruralistas tentam instalar, pela 3ª vez, como se as leis fossem uma questão de tanto bate até que fura, uma CPI contra o movimento (afinal, é preciso investigar porque o governo ?dá? R$155 milhões a ?entidades ligadas ao MST?, mesmo que ninguém nunca venha a público esclarecer como obteve tal informação, como chegou a esse número, que entidades são essas nem qual o grau de sua ligação com o MST: O Incra, por exemplo, está nessa lista como ligado ao MST?).
A insensatez dos miseráveis
Ora, o MST é um movimento social nascido da miséria, da necessidade e do desespero. Eles estão em plena luta contra uma estrutura agrária arcaica e concentradora. Não se pode esperar sensatez de movimentos sociais da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do MST um dos únicos movimentos sociais de fato transgressores na história brasileira. Pois quem só protesta de acordo com os termos determinados pelo Poder não está protestando de fato, mas sendo manipulado. Se os perigosos agentes vermelhos do MST tivessem sensatez, vestiriam um terno e iriam para o Congresso fazer conchavos, não ficariam duelando com moinhos de vento, digo, pés de laranja.
Mas é justamente por isso que o MST incomoda a tantos: ele, ao contrário de nós, ousa desafiar as convenções: ele é o membro rebelde de nossa sociedade que transgride o tabu e destroi o totem. Portanto, para restituição da ordem capitalista/patriarcal e para aplacar nossa inveja reprimida, ele tem de ser punido. Ele é o outro.Quantos de nós já se perguntaram como é viver sob lonas e gravetos, à beira das estradas, em lugares ermos e remotos, sujeito a ataques noturnos repentinos dos tanto que os detestam? Quantos já permaneceram num acampamento do MST por mais do que um dia, observando o que comem (e, sobretudo, o que deixam de comer), o que lhes falta, como são suas condições de vida?
Poucos, muito poucos, não é mesmo? Até porque nem a sobrancelha erótica do Bonner nem o olhar-chicote da Fátima jamais se interessaram pelo desespero das mães procurando, aos gritos, pelos filhos enquanto o acampamento arde em fogo às 3 da madrugada, nem pelas crianças de 3,4 anos que amanhecem coberta de hematomas dos chutes desferidos pelos jagunços invasores, ao lado do corpo de seus pais, assassinados covardemente pelas costas e cujo sangue avermelha o rio.
Para estes, resta, desde sempre, a mesma cova ancestral, com palmos medidas, como a parte que lhes cabe neste latifúndio.
Para a mídia, pés de laranja valem mais do que a vida humana, quero dizer, a vida subumana de um miserável que cometeu a ousadia suprema de lutar para reverter sua situação.
Mas os bárbaros, claro está, são o MST.
Por isso, haja o que houver, o MST é o culpado.
* Maurício Caleiro é jornalista e cineasta
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Outros se corromper...
Nós decidimos Resistir!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Vídeo - Resistência
editado pelo Marcos de Marchi
sábado, 26 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Manifestação Contra o Aumento da Tarifa de Transporte de Rio Preto - RESISTÊNCIA presente
Repressão Policial ao movimento
"...boi da cara preta se o busa aumentar a gente pula a roleta..."
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
ECO4PLANET
NOVIDADE: A partir de agora suas pesquisas no eco4planet se transformarão em árvores de verdade!
Mais e mais arvores! O nome originado em “Ecology for planet” faz cada vez mais sentido
Com o entusiasmo de um jovem de pouco mais de 1 ano de vida e a experiência de milhões de pesquisas e usuários, o eco4planet tem o prazer de anunciar que acaba de entrar em nova fase: a partir de hoje, suas pesquisas na Internet se transformarão em árvores (de verdade!).
E o que você precisa fazer? Apenas continuar pesquisando através do eco e compartilhar essa novidade com o maior número de pessoas, pois a cada 50 mil pesquisas uma muda vai pra terra.
Queremos deixar tudo claro (apesar do fundo escuro e do péssimo trocadilho) e por isso já respondemos às perguntas que você teria toda a razão em fazer:
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Por que plantar árvores?
Nossas ações diárias geram emissão de gás carbônico (dióxido de carbono ou CO2), seja na geração da energia elétrica que usamos em casa, no combustível do carro e também de forma indireta por todos os bens que consumimos cuja fabricação, transporte e armazenamento geram mais uma boa quantidade dos chamados “gases do efeito estufa”.
Plantar árvores tem como função neutralizar essas emissões pois em sua fase de desenvolvimento a árvore absorve CO2 da atmosfera e libera O2 (oxigênio) através da soma das atividades de fotossíntese e quimiossíntese. Ou seja, nossas amigas verdes são verdadeiros filtros de ar, tão necessários para a atmosfera.
E não para por aí, árvores servem de moradia e sombra para diversos animais, evitam o deslizamento de terras, controlam a salinidade do solo e são extremamente importantes para o controle da umidade e temperatura do planeta.
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Quantas árvores serão plantadas?
Como foi dito, uma árvore a cada 50 mil pesquisas totais, ou seja, não apenas pesquisas suas, mas de todos os visitantes. A quantidade então varia de acordo com o número de pesquisas registradas no site, número esse que você pode acompanhar no rodapé da página principal e dos resultados de pesquisas. Quanto mais pesquisas, mais árvores, então se ainda não o faz, passe a usar o eco4planet como seu mecanismo de buscas padrão, página inicial e divulgue a quantas pessoas puder para que esse número aumente cada vez mais!
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Onde as árvores serão plantadas?
Os plantios ocorrerão inicialmente no interior do Estado de São Paulo, principalmente na cidade de Ribeirão Preto, e poderão se expandir para outras regiões em uma segunda etapa conforme surgirem parcerias e convites.
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Quem efetuará o plantio e quando?
Nós! Sim, colocaremos a mão na terra massa com o apoio de estudantes e biólogos para a escolha das mudas, locais e para o plantio propriamente dito, que deverá ocorrer mensalmente sempre em quantidade referente às pesquisas do mês anterior.
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Como terei certeza de que as árvores estão sendo plantadas?
Informaremos por Twitter a data, hora e local de cada plantio e você está convidado a vir conosco, e é claro, faremos fotos e se possível vídeos para postar aqui no Blog.
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Posso criar um programa para pesquisar muitas vezes e assim plantar mais árvores?
Isso não daria resultado pois nosso sistema de contagem ignora pesquisas repetidas ou em quantidade anormal. Lembre-se, a melhor forma de colaborar e usando sempre o eco4planet quando for realizar uma pesquisa e principalmente indicando ao máximo possível de pessoas.
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Como posso contatar a administração do eco4planet?
Para você ou sua empresa contatar-nos a fim de realizar parcerias, enviar sugestões, ou outros interesses em contato (que não sejam dúvidas já que para isso basta usar os comentários aqui do blog), acesse o formulário.
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Desta forma, somando à economia de energia ao buscar com o eco4planet por apresentar fundo preto no lugar do tradicional fundo branco, aos wallpapers com temática escura e a todas as dicas, informações e notícias trazidas por este blog, esta iniciativa complementa nosso compromisso de apresentar a solução de buscas mais ecologicamente completa, e nos orgulhamos disso e você que faz parte dessa história, deve se orgulhar também.
E como sempre: boas pesquisas!
Mídia, Poder e Ideologia no Brasil Contemporâneo
Trabalho de conclusão de módulo: Mídia, Poder e Ideologia no Brasil Contemporâneo da Pos de Sociologia Política - FACERES
Dentro de um histórico da construção da política nacional é muito difícil isolarmos poder, ideologia e mídia a partir de sua criação e da formação do relacionamento da população e formulação da estrutura de controle social.
Ao se aproximar da história contemporânea podemos notar isso com muita clareza, sobretudo durante o período da ditadura militar, onde o Brasil se envolveu em um contexto mundial da Guerra Fria, fazendo uso do poder ideológico e da necessidade da mídia, onde se iniciou um forte desenvolvimento da propaganda política, para defender o capitalismo ou o socialismo.
Quando o Brasil tomou uma posição em favorecimento à política norte-americana, houve a necessidade de o governo implantar uma abordagem através da propaganda política e ideológica, elaborar estruturas para convencer a população a adotar algumas idéias.
Assim desenvolveu-se uma forte tendência para que a população adote uma posição favorável ao capitalismo e promova, além disso, a “caça as bruxas”. Para propagandear o capitalismo, foi formada uma grande estrutura de mercado consumidor, abrindo o mercado de consumo para grandes indústrias norte-americanas venderem suas mercadorias e principalmente o seu modo de vida. A partir da propaganda política sobre o modo de vida capitalista, foram trazidas em conjunto regras sociais destinadas a formar uma estrutura moral.
E a mídia representou forte elemento com seu papel de criação. A partir desse contexto, pode-se analisar a importância da propaganda política e ideológica para os governos atuais, por que toda a proposta atual de propaganda política tem base e escola no que foi elaborado naquela época, o que diferencia são as técnicas de elaboração do trabalho.
Portanto, para iniciar a formação de uma estrutura social que era necessária para os governos militares, foi formulada uma ideologia de comando de massas, ou seja, houve a necessidade de incorporar um espírito social que favorecesse as classes dominantes, ou os interesses dos militares. E através da mídia, foram formadas as concepções sobre o regime militar, sobre a situação socioeconômica do Brasil, deixando as pessoas, muitas vezes, mal informadas.
Mas dentro deste trabalho da mídia, criava-se uma desinformação das pessoas através da própria mídia, não trabalhando os fatos e não noticiando o que realmente estava acontecendo. Assim, tendo uma verdadeira construção das noticias, fortalecia-se a idéia de que tudo estava bom.
Dessa forma, faziam que a população defendesse o país e, principalmente, abafava-se a ação dos subversivos, que acreditavam que a realidade vendida na grande mídia era mentira, nada mais do que uma construção política ideológica.
Sendo adotada no mundo contemporâneo uma prática semelhante, torna-se próxima de algo hereditário de fazer política, mas principalmente de noticiar política e formar opinião. Com a formação popular que se manifesta aceitando as noticias dos jornais que temos que focar nosso olhar. Assim o espírito crítico da sociedade é formado por jornais, sejam eles éticos ou não. E este trabalho mais do que falso, é aglutinador, prendendo a sociedade em uma realidade inexistente.
E quando o trabalho da mídia é criticado há uma grande negação, por isso Löwy afirma que as ideologias, utopias, as visões sociais de mundo têm um papel muito importante no processo de conhecimento da realidade. Portanto as ideologias que o governo queria que fossem formadas e expostas para a população, foram trabalhadas através da mídia, que divulgava o que era de seu interesse, criando para isso o próprio fato e os manipulando.
Mas através dessa discussão pode-se gerar dúvidas, por que um governo autoritário que praticava tortura (o que ainda é negado pelos militares até hoje) formaria uma estrutura ideológica através da mídia para controle da população? O que aconteceu foi a prática dos dois se completando.
Podemos analisar isso pela grande percepção que parte do governo militar teve em analisar o grande poder de controle da comunicação. E muito das práticas governamentais no Brasil tem uma continuação, seja ela de uma forma mais brutal ou não.
Com a chegada do governo democrático, isso não deixou de ser diferente, uma vez que muitas das práticas foram mantidas, assim como vários políticos permaneceram no poder.
Mas a comunicação teve uma grande evolução, e esta evolução foi poderosa, primeiro em suas estruturas de percepção do público, e em segundo, mas não com menos importância, no acompanhamento do desenvolvimento tecnológico. A propaganda ganhou vários meios de comunicação com diversas formas de abordagens e infinitas propostas de comunicação com a massa.
Com relação a isso, a respeito das tecnologias, hoje existe a cada dia uma nova proposta tecnológica, mas, independente do que surge, as antigas tecnologias permanecem um pouco pelo tamanho do desenvolvimento profissional que se encontra nos mecanismos de comunicação, mas principalmente pela desigualdade social, porque assim o alcance a essas tecnologias mais modernas não é total para toda a população, longe disso, ou seja, apenas a menor parte tem acesso.
Isso explica a necessidade que a propaganda tem de chegar pelo rádio, televisão, internet, e outros meios de comunicação, e em cada um deles de uma forma diferente.
E se tem hoje a necessidade de adequação com o público atual, a abordagem de propaganda hoje tem que adotar uma estratégia mais forte, buscando o interesse da população de uma forma mais direta, mas em alguns casos menos complexas, por que o público tem desinteresse pelas propostas complicadas. Aquelas que possuem uma vertente mais cômica, por outro lado, têm sido mais bem aceita.
O que nos preocupa é a formação de conceitos que a propaganda pode alcançar, quando dizemos que uma propaganda pode ser aceita ou não, vê-se também o quanto que esta propaganda se aproxima da cultura popular; então a partir disto, torna-se preocupante o quanto isso altera a cultura popular.
Isso porque quando temos a propaganda trabalhada para a população, encontramos uma propaganda que procura entender a cultura popular, mas quando esta propaganda manipula a cultura popular ela procura mudá-la.
Partindo agora para uma discussão sobre a inocência da população a respeito dos meios de comunicação – e considero esta inocência uma verdadeira ignorância – percebe-se que o senso crítico da população foi sendo desconstruído através das décadas de ditadura e pós-ditadura e que se tornou mais fácil manipular a população sobre os interesses de quem detém o poder, alcançado, assim, um maior poder de controle populacional, cultural e social. Junto disso foram elaboradas mudanças na educação nacional, como retirar o ensino de Sociologia e Filosofia da grade curricular, por serem disciplinas que aguçariam o senso critico dos estudantes, mas principalmente uma estrutura de educação bancária, onde trabalhos são trocados por nota, de modo que depositando seu ensino você retira a nota, e a adoção de cartilhas, que prendem a percepção criativa dos alunos para um sistema que premia aquele que decora ou copia mais melhor.
E qual o papel da mídia nesta desconstrução? Com o avanço tecnológico que aumentou o acesso aos meios de comunicação, da forma que já foi apresentado, foi através dele que finalizou a desconstrução da educação e a quebra cultural dos padrões brasileiros, introduzindo não só na propaganda estruturas de controle social, de uma forma subliminar ou escancarada mesmo, onde de fato alterou a cultura nacional, ou ainda somente trabalhando uma falsa realidade, onde Lazarsfeld aponta o que ele chama de mass media (mídia de massa) atribui status às causas públicas, às pessoas, às organizações e a movimentos sociais.
Dessa forma, muitas vezes o que está na mídia aparece como verdade ou realidade. Mas a opinião da mídia muda a realidade, interferindo na formação da opinião de muitas situações, sempre favorecendo o interesse político e econômico de alguns grupos sociais, alterando a ação social na massa, legitimando o que é proposto pela mídia, exercendo assim uma pressão sobre a massa para que esta adote o que esta sendo divulgado, mesmo que não tenha um consenso, mas trabalhando pela manutenção de sua proposta, e para controlar a moral e os bons costumes.
E quando demonstrada uma prática contrária para sua proposta, é apresentada de forma negativa, propondo para a massa que o que está sendo mostrado está errado como, por exemplo, as práticas do MST, favorecendo para a desconstrução das verdadeiras causas desse movimento.
A participação política da população tem sido cada vez menor e um dos motivos para que isso ocorra é o grande acesso a informação, distanciando as pessoas da ação política que fica limitada a participação nas eleições. E com essa grande quantidade de informação que a mídia está transmitindo, acaba formando na população um sentimento de que está bem informada e sem necessidade de participar, afinal, a mídia esta fazendo seu dever e mostrando o que está acontecendo, sem qualquer questionamento.
Com isso a mídia adquire o papel de controle e manipulação do sistema, como já foi dito, conseguindo cada vez mais também o controle da massa, por que além do fato de que quem detém o poder fica mais forte, parece que cada vez mais a realidade construída pela mídia e o sistema como está, torna-se coerente e certo para serem seguidos.
Com esses elementos construídos pela mídia, a massa fica cada vez mais dominada e as estruturas da propaganda política ficam cada vez mais fortes, o que explica os altos preços das propostas publicitárias, os altos custos das campanhas nas eleições e a grande receita reservada para a propaganda do governo, seja ela informativa ou não.
As propagandas políticas atuais demonstram um alto grau simbólico no que é mostrado, buscando se aproximar cada vez mais da massa (“Brasil um país de todos”), ou construindo o orgulho do progresso e a participação orgulhosa da massa, como é mostrado na campanha do Governo Estadual na construção do Rodoanel.
Esses valores simbólicos que estão nas propagandas trabalham muitas vezes no subconsciente das pessoas para alcançar os seus objetivos, o que faz parte hoje também da propaganda política.
E a construção da imagem dos políticos, seja em campanhas publicitárias ou em aparições publicas, trabalhando a imagem física e focando nas aparições públicas, as ações que serão praticadas durante a solenidade. Vemos muito este conceito na imagem do presidente Lula, no seu discurso e ações; a aproximação com o povo, onde utiliza de falas populares e de fácil entendimento, sem a presença de termos técnicos e muitas vezes a falta de coerência linguística.
Por outro lado vemos uma construção de imagem oposta no governador José Serra, em suas aparições publicas sempre se mostrando em alto grau de intelectualidade, participando de eventos culturais, onde faz questão de opinar sobre o que achou, como na divulgação da Virada Cultural Paulista, onde sempre diz ter sido idéia própria a implantação desse projeto. Em seus discursos, vemos uma fala refinada com termos técnicos e obedecendo a coerência linguística.
A respeito do discurso da mídia de ser detentora unânime da verdade e responsável por transmitir a verdade e contribuir com a democracia, é necessário saber, qual democracia? A mídia que defende interesse de grandes patrocinadores não pode ser uma mídia a favor da democracia, mas sim a favor do mercado e de uma minoria que o controla, uma vez que todos os dias ficamos sabendo das bolsas do mundo tudo, das estatísticas de vendas, de novos fundos de investimentos. Mas principalmente na contribuição sobre o consumo, com notícias sobre o controle de taxas de juros, aumento de créditos bancários e seus financiamentos. Uma mídia que noticia o alto grau de aceitação do governo, que enfoca a necessidade de consumo aclamada pelo presidente em tempo de crise mundial, está fortemente envolvida com seus patrocinadores e possui enorme interesse nessa união com o Estado.
Assim podemos afirmar que um dos grandes papéis da mídia atualmente é contribuir com a estrutura econômica do país, propagandeando os interesses políticos e ajudando a vender propostas de um mercado econômico favorável para a população e para o país, divulgando a idéia de que a política externa que o governo adota tem favorecido a economia. Mas também na propaganda da política interna, mostrando os grandes projetos do governo para crescimento e desenvolvimento do país e do povo, afinal o “Brasil um país de todos”.
Portanto hoje a mídia vem propagando uma ideologia do desenvolvimento da construção de um país melhor, mas isso não era feito também na ditadura. Por isso podemos afirmar que foram alteradas somente as técnicas de propaganda, por que os interesses serão sempre os mesmos, voltados para o governo e para os grupos que lideram a economia. E o povo continuará achando que sabe o que está acontecendo.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Cultura é Resistência!-Atividade Sônia Maria Venturelli
Cultura é Resistência!-Atividade Sônia Maria Venturelli
Cultura é Resistência!-Atividade Sônia Maria Venturelli
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O RECOMEÇO
Nesse dia histórico, a palavra de ordem é respeito, respeito pela história da entidade, pelo movimento estudantil e, principalmente, RESPEITO pelos estudantes. A UMES atrelada aos interesses de diretores farsantes que usaram a entidade para benefício próprio, chegou ao fim. ESTE É O RECOMEÇO!
A partir de agora a UMES vai voltar a ser a voz das mudanças, começando pela mudança de postura. A realização do ato político e do conselho municipal de entidades vem legitimar a vontade dos estudantes de São José do Rio Preto, que é a retomada das lutas estudantis e sociais da cidade. A UMES VAI VOLTAR AS RUAS, com os estudantes que hoje estão aqui para pedir a ética, transparência e a democracia dentro dos conselhos da entidade.
“A UMES SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ”.
GRÊMIOS QUE APOIAM E FAZEM PARTE DESSA INICIATIVA:
E.E. Victor Britto Bastos
E.E. Adahir Guimarães Fogaça
E.E. Maria de Lourdes Murad Camargo
E.E. Darcy F. Pacheco
E.E. Pe. Clemente Morton Segura
E.E. Justino Jerry Faria
E.E. Alzira Valle Rolemberg
E.E. Monsenhor Gonçalves
E.E. Cardeal Leme
E.E. Antônio de Barro Serra
E.E. Octacílio Alves de Almeida
E.E. Yvete Gabriel Atique
E.E. Sônia Maria Venturelli
E.E. Bento Abelaira Gomes
E.E. Aureliano Mendonça
ETEC Philadelpho Gouvêa Netto
E.E. Noêmia Bueno do Vale
E.E. Maria Galante Nora
Programação das Atividades:
15:00h: Concentração em frente à escola Dep. Bady Bassit
15:30h: Chegada na sede da UMES/Início do Ato em defesa da ética e da transparência na UMES
17:00h: Plenária Movimento Resistência-Discussão de propostas para reconstrução da UMES
19:00h: Início da reunião do CME-Conselho Municipal de Entidades que CONVOCARÁ novo e legítimo Congresso Municipal dos Estudantes Secundaristas
sábado, 22 de agosto de 2009
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Rio Preto (Umes), que há muito não representa qualquer interesse dos estudantes, escolhe sua nova diretoria no dia 15 de agosto, no 12º Congresso Municipal.
Fonte: http://www.diarioweb.com.br/noticias/body_colunas.asp?idCategoria=54&Data=26/07/2009
Umes contrata firma de pai do presidente
São José do Rio Preto, 9 de agosto de 2009
Presidente da Umes de Rio Preto Samuel nega irregularidade
Jocelito Paganelli
03:14 - O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de Rio Preto, Samuel Honório Ferreira, contratou a empresa do próprio pai, Cláudio Divino Ferreira, para confeccionar as carteirinhas de estudante que garantem a meia entrada em eventos culturais. O estudante paga R$ 10 para Umes de Rio Preto fornecer a carteirinha. São repassados R$ 3,50 para a empresa do pai do presidente da Umes, por cada carteirinha produzida. De acordo com Samuel, a Umes de Rio Preto emite pelo menos três mil carteirinhas de estudante por ano, que rendem R$ 30 mil à entidade. A empresa do pai do presidente da Umes de Rio Preto fica com aproximadamente R$ 10,5 mil, que corresponde a mais de um terço da arrecadação anual da entidade. No cadastro da Receita Federal a empresa aparece com o nome de “CD Ferreira & GR Antonio Ltda – ME” e endereço na rua Nicolau Lopes Rossi, no bairro Cristo Rei.
No entanto, o Diário apurou que a empresa, que tem nome fantasia de Maxcard, está estabelecida na sede da Umes de Rio Preto. No decorrer da semana passada, a reportagem manteve contato telefônico com a Umes para tentar encontrar o endereço da empresa do pai de Samuel e a secretária da entidade disse que a Maxcard funcionava na sede da Umes de Rio Preto e que o endereço no bairro Cristo Rei é uma residência. A secretária disse ainda que o próprio presidente da Umes de Rio Preto responde pela empresa. Samuel confirmou, em entrevista ao Diário, que assinou contrato com empresa do pai. Ele justificou que a Umes de Rio Preto, por não receber verbas de órgãos públicos, pode assinar contratos com familiares de seus diretores. “A entidade (Umes de Rio Preto) não é ligada ao poder público, não tem impedimento nenhum (em assinar contrato com familiares de diretores)”, disse o presidente da entidade.
De acordo com Samuel, a empresa que antecedeu a Maxcard na confecção das carteirinhas de estudante da Umes de Rio Preto não cumpriam as exigências da entidade. “Chegava o dia de fazer as carteirinhas e faltava material. Então, a gente montou (a Maxcard) para atender as exigências da entidade”, disse. “Até tem um outro projeto da entidade que é fazer a carteirinha de graça”, completou. Ele disse que a Umes de Rio Preto chegou a ficar mais de um mês sem ter material para confeccionar as carteirinhas. Samuel assumiu a presidência da Umes de Rio Preto em março de 2007. Seu mandato de dois à frente da entidade termina neste ano. Segundo o presidente, em 2009 também termina o contrato da Umes de Rio Preto com a Maxcard. Ele afirmou que tentou contratar outra empresa, sem vínculo familiar com diretores da entidade, mas não conseguiu. “Nós tentamos (contratar outra empresa), tanto é que era outra empresa que fazia o serviço”, afirmou. A confecção das carteirinhas já rendeu mais recursos à Umes. O atual presidente da entidade afirmou, sem precisar data, nem gestão, que a Umes local já chegou a confeccionar aproximadamente 15 mil carteirinhas por ano.
fonte:http://www.diarioweb.com.br/
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Saudações a quem tem coragem!
O coletivo de grêmios estudantis de rio preto CONVOCA todos o grêmios democraticamente constituídos e demais lideranças estudantis para reunião extraordinária do Conselho Municipal de Entidades (CME), a fim de debater e deliberar sobre a seguinte pauta:
Reorganização da rede de entidades de base do movimento estudantil rio-pretense;
Reconstrução da UMES Rio Preto.
A reunião acontecerá a partir das 10:00h (dez horas da manhã) na sede do SINSPREV (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado de São Paulo), localizado na Av. Bady Bassit, nº 3355-Centro (em frente à Imobiliária Redentora).
A participação de cada representante, de cada grêmio da cidade é imprescindível para a reorganização do movimento que conquistou a Meia Entrada estudantil em 1993, o Meio Passe em 1998, do Cursinho Popular em 2002 e que lutou bravamente em defesa dos estudantes, da educação e de rio preto!
Coletivo de Grêmios Estudantis de Rio Preto
+ info: 91120069
http://movimentoresistencia.blogspot.com