quinta-feira, 27 de maio de 2010

Relatório da Anistia Internacional 2010


No dia 26 de maio a Organização não-
governamental Anistia Internacional
divulgou o relatório anual sobre o estado
dos direitos humanos no mundo, com
informações de países dos 5 continentes.

No lançamento do Informe 2010 - Anistia
Internacional: o Estado dos Direitos
Humanos no Mundo, que documenta
abusos cometidos em 159 países, a
organização afirmou que governos
poderosos estão obstruindo o progresso
da justiça internacional ao se colocarem
acima da lei em questões de direitos
humanos, protegendo os aliados de
críticas e atuando apenas quando
politicamente conveniente.

Anistia Internacional: O Estado dos Direitos Humanos no Mundo 2010 -


fonte: CMI BRASIL

terça-feira, 25 de maio de 2010

Paulo Nogueira e o macartismo da Folha

Preparando-se para a guerra eleitoral, a mídia demotucano já iniciou a "limpeza ideológica" nas suas redações. Na semana passada, o Grupo Abriu demitiu o editor da National Geographic do Brasil, Felipe Milanez, que criticou no seu twitter as distorções grosseiras da revista Veja. Agora, é a Folha de S.Paulo que dispensa o economista Paulo Nogueira Batista Junior, atual diretor do Brasil no FMI e um dos poucos colunistas que ainda justifica a leitura deste pasquim golpista.

O argumento usado é risível. A famíglia Frias alegou que "sua coluna é das mais longevas", só não explicou porque outros antigos colunistas nunca foram molestados. Paulo Nogueira sempre foi um ácido crítico das políticas neoliberais de desmonte do Estado e da nação. Ele nunca deu tréguas aos tucanos colonizados, com seu "complexo de vira-lata". Na luta de idéias em curso na batalha eleitoral, o economista seria um estorvo para José Serra, o candidato do Grupo Folha.

Relembrando as perseguições de 2006

Para disfarçar a sua política macartista de "caça às bruxas", a Folha anunciou um novo plantel de colunistas, que inclui o Antonio Palocci. Com isso, ela tenta preservar a falsa imagem de "jornal pluralista". Mas, como ironiza o jornalista Paulo Henrique Amorim, a jogada é rasteira. "Antônio Malloci, ex-ministro da Fazenda, como se sabe é um notável tucano que eventualmente milita no PT. Paulo Nogueira Batista Junior era um dos últimos vestígios de talento que a Folha exibia... A Folha, com um novo conjunto de ‘colonistas’, aproxima-se cada vez mais da treva sem fim".

O clima de perseguição ideológica nas redações da mídia "privada" não é novidade. Na sucessão presidencial de 2006, ele também produziu suas vítimas, entre elas o jornalista Rodrigo Vianna, que não aceitou as baixarias da TV Globo na cobertura da campanha. Franklin Martins e Tereza Cruvinel também sentiram o ódio do "senhor das trevas" das Organizações Globo, Ali Kamel. Nos jornais e revistas, a perseguição fascistóide silenciou vários outros jornalistas.

A quem serve a liberdade de expressão?

Como afirma o professor Venício A. de Lima, estes episódios revelam "a hipocrisia geral que envolve as posições públicas dos donos da mídia sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa... As relações de trabalho nas redações brasileiras, é sabido, são hierárquicas e autoritárias. Jornalistas e editores são considerados, pelos patrões, como ocupando ‘cargos de confiança’ e devedores de lealdade incondicional". Caso tentem manter a ética no seu trabalho jornalístico, eles são demitidos sumariamente.

Com a aproximação da eleição presidencial de outubro, o clima tende a se deteriorar ainda mais nas redações, comprovando a falsidade do discurso dos donos da mídia e das suas entidades -como Abert, Aner e ANJ- sobre a "ameaça autoritária" do governo Lula contra a liberdade de imprensa. "Episódios como este nos obrigam a perguntar, uma vez mais, para quem é a liberdade de expressão que a grande mídia defende?", conclui o professor Venício A. de Lima.

A mídia ‘vira-lata’ e o acordo Brasil-Irã

Altamiro Borges *


Adital -


Apesar da bronca recente que levou do irritadiço José Serra, a jornalista Miriam Leitão mantém-se uma seguidora canina das teses demo-tucanas. No programa Espaço Aberto, da Globo News desta quinta-feira (20), ele entrevistou dois "renomados especialistas" sobre o acordo Brasil-Irã: Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral. Excitada com as opiniões emitidas, ela só não informou aos ingênuos telespectadores que ambos são tucanos de carteirinha, serviram ao entreguista FHC e hoje viraram as estrelas da TV Globo no combate hidrófobo à política externa do governo Lula.

Ex-porta-voz e ex-ministro de FHC, Sérgio Amaral nem disfarçou o seu ressentimento e inveja. Para ele, o Brasil não deveria se meter nos conflitos na região. Explicitando o seu servilismo, ele tentou desqualificar o "atual protagonismo" do Itamaraty, afirmando que isto pode prejudicar as relações com os EUA. Repetindo os relatórios da CIA, também garantiu que o Irã é uma ameaça à paz mundial - mas não falou uma linha sobre as ogivas e as ações belicistas do governo ianque. Mais "diplomático", Lampreia, outro serviçal de FHC, também ridicularizou o acordo Brasil-Irã.

Sucursais rastaqüeras da mídia dos EUA

Miriam Leitão não é a única a usar os meios de comunicação, inclusive as concessões públicas, para repetir as velhas teses colonizadas. Na prática, a maior parte da mídia nativa mais se parece com uma sucursal rastaqüera da imprensa ianque - e do Departamento do Estado dos EUA. Ela é a expressão acabada do "complexo de vira-lata", ironizado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues. Foi uma entusiasta da política de "alinhamento automático com os EUA", praticado por FHC, e defendeu acriticamente o tratado neocolonial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

A mídia demotucana sempre foi covarde diante do império e prepotente diante das nações mais sofridas. Ela embarcou com tudo nas 938 mentiras alardeadas pelo presidente-terrorista George W. Bush para justificar a invasão e o genocídio no Iraque, num patriotismo às avessas. Já quando Evo Morales nacionalizou o petróleo da Bolívia, ela exigiu do presidente Lula o rompimento das relações diplomáticas e até o envio de tropas para a fronteira. A mesma arrogância se manifestou quando das negociações sobre Itaipu, num discurso agressivo contra o governo do Paraguai.

Ceticismo, inveja e dor de cotovelo

Esta visão colonizada ficou, mais uma vez, escancarada nas negociações de paz entre Brasil-Irã-Turquia. Num primeiro momento, a mídia apostou no total fracasso da iniciativa. Como relata o professor Dennis de Oliveira, os jornalões conservadores afirmaram que o presidente Lula estaria "perdendo tempo" e "arriscando a credibilidade internacional do país". A Folha estampou em sua manchete que "Irã dá ao Brasil um polêmico protagonismo", num artigo carregado de ceticismo. O Estadão também menosprezou as negociações, prognosticando seu insucesso.

Já quando o acordo foi assinado, a mídia, ainda meio desnorteada, procurou desqualificá-lo. Em nenhum momento, ela enfatizou que os termos do acordo são os mesmos propostos pelo próprio Conselho de Segurança da ONU. O que antes ela defendia, agora se opõe - numa típica postura ideologizada contra o governo Lula. "A aposta no fracasso deu lugar ao ceticismo com misto de inveja e dor de cotovelo", constata Dennis de Oliveira. Na sua oposição ao acordo, o Estadão usou até as declarações infelizes da candidata Marina Silva, que se prestou ao trabalho sujo.

Repercussão mundial omitida

No seu complexo de vira-lata, a mídia colonizada nem sequer repercutiu análises mais isentas da imprensa mundial. O jornal francês Le Monde, por exemplo, elogiou o Brasil e destacou que "o Sul emergente já aparecera antes, em cena que provocou frisson e alarido no palco internacional, em domínios do meio ambiente e comércio. Essa semana, inaugura nova etapa, importante sinal de quanto aumenta o poder desses países. Ei-los ativos em terreno que, até agora, permanecia quase monopólio das tradicionais ‘grandes potências’: a proliferação nuclear no Oriente Médio".

Já o jornal britânico The Guardian realçou que o acordo "marca o nascimento de uma nova força altamente promissora no cenário internacional: a parceria Brasil-Turquia... O que se viu foi que negociadores competentes em negociações bem encaminhadas por dois líderes mundiais destruíram a versão, difundida por Washington, de que o Irã não faria acordos e teria de ser ‘atacado’". Miriam Leitão, Sérgio Amaral, Lampreia, FHC e o presidenciável Serra devem morrer de inveja diante de tantos elogios, que a mídia nativa omite. Podem até cortar os pulsos!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Serra e o problema com os números

EDITORIAL @cartamaior Os desejos virulentos da antiga imprensa brasileira

Nas horas seguintes aos primeiros anúncios do acordo com o Irã, começaram a surgir vozes e textos tentando diminuir ou simplesmente desqualificar o feito alcançado. A pressa era compreensível. Dias antes, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, havia dito durante uma entrevista em Porto Alegre, que jamais receberia ou se reuniria, caso fosse eleito, com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A diferença de horizonte expõe o tamanho, a qualidade da visão e o compromisso de quem fala. Mas, se a visão é curta, por um lado, é crescentemente virulenta, por outro. E o grau dessa virulência parece ser proporcional aos acertos do governo brasileiro.

Esta semana reforçou a percepção de que a chamada grande imprensa brasileira – ou antiga imprensa, como afirma, entre outros, o cineasta Jorge Furtado – está não apenas desempenhando o papel de uma “oposição fragilizada”, mas também defendendo, sem mediações ou sutilezas, os interesses da política externa dos Estados Unidos. Estariam fragilizados também estes interesses? Em um certo sentido, sim. A iniciativa do governo brasileiro, em conjunto com o governo da Turquia, de buscar uma solução negociada para a crise nuclear envolvendo o Irã mostrou que é possível outro caminho do que aquele das “guerras preventivas”, dos “bombardeios cirúrgicos”, do “choque e do pavor”. O presidente Lula, representando o Estado brasileiro, fez um movimento ousado e corajoso. E acertou em cheio.

Nas horas seguintes aos primeiros anúncios do acordo, começaram a surgir vozes e textos tentando diminuir ou simplesmente desqualificar o feito alcançado. A pressa é compreensível. Dias antes, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, havia dito durante uma entrevista em Porto Alegre, que jamais receberia ou se reuniria, caso fosse eleito, com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Além da postura submissa às ordens que o Departamento de Estado norte-americano ainda insiste em querer ditar o mundo, a declaração de Serra mostrou a pequenez do horizonte de visão do postulante ao cargo mais importante da República brasileira e um dos mais importantes hoje para todos os países que apostam na desmilitarização da agenda política das nações.

Ao caminhar na direção oposta daquela defendida por Serra, Lula mostrou coragem pessoal, ousadia estratégica e, acima de tudo, compromisso com a construção de um mundo onde os conflitos e diferenças sejam resolvidos através da conversa e das negociações – que podem, sim, muitas vezes, ser exaustivas e mesmo pouco frutíferas no curto prazo – ao invés da solução eficiente da morte e da destruição. Eficiente para quê? – cabe perguntar. Não certamente para a vida de milhões de pessoas que pode ser salva em função de uma dessas conversas complicadas que algumas pessoas preferem não ter. A omissão e a covardia andam de mãos dadas com a impossibilidade de se dizer abertamente o que se está pensando.

Isso ficou muito claro no discurso de vários articulistas da imprensa nacional, preocupados em desdobrar a fala de Serra. Na verdade, a crítica principal dirigida a Lula era a crítica a iniciativa de ir conversar com Ahmadinejad. Como assim? Quem esse sujeito (o presidente da República, no caso) pensa que é? Quem o Brasil pensa que é? Não foi por acaso que a repercussão do acordo na imprensa internacional foi maior e mais positivo do que no Brasil. A diferença de horizonte só expõe o tamanho, a qualidade da visão e o compromisso de quem fala. Mas, se a visão é curta, por um lado, é crescentemente virulenta, por outro. E o grau dessa virulência parece ser proporcional aos acertos do governo brasileiro. Dois dias após o anúncio do acordo, o jornal
Zero Hora comemorava com um destaque de capa: “EUA atropelam acordo de Lula”. O desejo virulento do atropelamento pelo menos foi transparente quanto ao alvo: o Lula. É disso que se trata.

Há outros pressupostos neste discurso de submissão a um passado recente quando o Brasil e a América Latina sabiam qual era o seu lugar. E aí, mais uma vez, a antiga imprensa tenta socorrer as palavras de suas referências políticas. Quando Serra qualificou o Mercosul como uma “farsa” e defendeu a adoção de acordos de livre comércio, retomando a já esquecida agenda da ALCA, estava simplesmente repetindo a agenda de seu partido que integra o campo conservador brasileiro: a prioridade não é a integração regional é o livre comércio e o salve-se quem puder; a prioridade não é a construção de laços de solidariedade e de complementaridade entre os povos e as nações, mas sim a Lei do Gérson, tentar levar vantagem em tudo; a prioridade não é colocar a economia a serviço da vida, especialmente a vida de milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza, mas sim flexibilizar, promover “choques de gestão”, deixar os mercados livres.

Não deixa de ser ilustrativa a associação cínica da palavra liberdade aos mercados, neste momento em que a Grécia e outros países da Europa (sempre apontada como referência de modernidade e civilização) são obrigados a tomar o remédio amargo, ineficaz e criminoso do Fundo Monetário Internacional. Não por acaso, muitos dos defensores dessa receita criticam também a iniciativa diplomática do governo brasileiro. A matriz de pensamento é a mesma, tem nome, sobrenome, endereço e tipificação do ponto de vista penal. O que está acontecendo com a Grécia agora deixa isso claro.

Em 2007, as já tristemente famosas agências classificadoras de risco elevaram às nuvens a cotação de “papéis” que mais tarde se revelaram títulos podres. Os governos foram chamados a socorrer bancos e outras instituições financeiras privadas que trabalhavam com esses papéis tão bem avaliados. Bilhões de dólares que supostamente não existem quando se fala da necessidade de investir em saúde e educação, surgiram do dia para a noite para o socorro bancário. Muitos dos socorridos dizem agora que o Banco Central europeu não pode emprestar aos Estados. Afinal, ele emprestou aos bancos valores colossais a juros baixos durante o auge da crise financeira. E este dinheiro serve agora para que esses bancos emprestem aos Estados, com juros bem maiores...Um negócio simples, lucrativo e criminoso. E, atualizando uma velha máxima, muito menos arriscado do que assaltar um banco.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

O império manda, as colônias obedecem

19/05/2010


Por
Frei Betto e
João Pedro Stedile

Após a Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas saíram vitoriosas, o governo dos EUA tentou tirar o máximo proveito de sua vitória militar. Articulou a Assembléia das Nações Unidas dirigida por um Conselho de Segurança integrado pelos sete países mais poderosos, com poder de veto sobre as decisões dos demais.

Impôs o dólar como moeda internacional, submeteu a Europa ao Marshall, de subordinação econômica, e instalou mais de 300 bases militares na Europa e na Ásia, cujos governos e mídia jamais levantam a voz contra essa intervenção branca.

O mundo inteiro só não se curvou à Casa Branca porque existia a União Soviética para equilibrar a correlação de forças. Contra ela, os EUA travaram uma guerra sem limites, até derrotá-la política, militar e ideologicamente.

A partir da década de 90, o mundo ficou sob hegemonia total do governo e do capital estadunidenses, que passaram a impor suas decisões a todos os governos e povos, tratados como vassalos coloniais.

Quando tudo parecia calmo no império global, dominado pelo Tio Sam, eis que surgem resistências. Na América Latina, além de Cuba, outros povos elegem governos antiimperialistas. No Oriente Médio, os EUA tiveram que apelar para invasões militares a fim de manter o controle sobre o petróleo, sacrificando milhares de vidas de afegãos, iraquianos, palestinos e paquistaneses.

Nesse contexto surge no Irã um governo decidido a não se submeter aos interesses dos EUA. Dentro de sua política de desenvolvimento nacional, instala usinas nucleares e isso é intolerável para o Império.

A Casa Branca não aceita democracia entre os povos. Que significa todos os países terem direitos iguais. Não aceita a soberania nacional de outros povos. Não admite que cada povo e respectivo governo controlem s eus recursos naturais.

Os EUA transferiram tecnologia nuclear para o Paquistão e Israel, que hoje possuem bomba atômica. Mas não toleram o acesso do Irã à tecnologia nuclear, mesmo para fins pacíficos. Por quê? De onde derivam tais poderes imperiais? De alguma convenção internacional? Não, apenas de sua prepotência militar.

Em Israel, há mais de vinte anos, Moshai Va nunu, que trabalhava na usina atômica, preocupado com a insegurança que isso representa para toda a região, denunciou que o governo já tinha a bomba. Resultado: foi sequestrado e condenado à prisão perpetua, comutada para 20 anos, depois de grande pressão internacional. Até hoje vive em prisão domiciliar, proibido de contato com qualquer estrangeiro.

Todos somos contra o armamento militar e bases militares estrangeiras em nossos países. Somos contrários ao uso da energia nuclear, devido aos altos riscos, e ao uso abusivo de tantos recursos econômicos em gastos militares.

O governo do Irã ousa defender sua soberania. O governo usamericano só não invadiu militarmente o Irã porque este tem 60 milhões de habitantes, é uma potência petrolífera e possui um governo nacionalista. As condições são muito diferentes do atoleiro chamado Iraque.

Felizmente, a diplomacia brasileira e de outros governos se envolveu na contenda. Esperamos que sejam respeitados os direitos do Irã, como de qualquer outro país, sem ameaças militares.

Resta-nos torcer para que aumentem as campanhas, em todo mundo, pelo desarmamento militar e nuclear. Oxalá o quanto antes se destinem os recursos de gastos militares para solucionar problemas como a fome, que atinge mais de um bilhão de pessoas.

Os movimentos sociais, ambientalistas, igrejas e entidades internacionais se reuniram recentemente em Cochabamba, numa conferência eco lógica mundial, convocada pelo presidente Evo Morales. Decidiu-se preparar um plebiscito mundial, em abril de 2011. As pessoas serão convocadas a refletir e votar se concordam com a existência de bases militares estrangeiras em seus países; com os excessivos gastos militares e que os países do Hemisfério Sul continuem pagando a conta das agressões ao meio ambiente praticadas pelas indústrias poluidoras do Norte.

A luta será longa, mas nessa semana podemos comemorar uma pequena vitória antiimperialista.

Frei Betto é escritor e João Pedro Stedile integra a direção da Via Campesina

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Direita e suas novas vestimentas
Daniel Lopes*

A nova direita vê a forma atual da democracia como imutável, como o “fim da história”. Avalia toda tentativa da esquerda de transformar a democracia como um ataque à liberdade.”

Luis Nassif – Folha de São Paulo 3/3/2009

Em virtude do avanço da esquerda na América Latina e a grande aprovação das políticas sociais e econômicas do Governo Lula, não nos atentamos ao surgimento de uma nova direita no país, rompedora com sua tradição golpista, orientada por novos pensadores, ideológica e com sólido projeto de poder.

O maior protagonista deste pensamento é o Democratas, que reconheço ter mudado de nome, mas também de postura, estando em estado de depuração. É facilmente detectável a disputa travada entre a “velha-guarda” – herdeira das tradições ACMistas, como ACM Neto, Ronaldo Caiado, dentre outros – e um novo grupo, onde destaco a figura do Senador Demóstenes Torres e o Deputado Federal Índio da Costa. Um grupo intelectualizado, que no caso de José Roberto Arruda, posicionou-se autocriticamente e articulou a expulsão do Governador do DF. Essa nova “linha de frente” democrata, paradoxalmente a sua própria história política – antes Arena e PFL – são os que mais defendem o projeto Ficha-limpa.

O jornal Brasil de Fato abordou aspectos interessantes dessa Nova Direita:

“Reafirmação dos valores liberais e neoliberais: livre comércio, modelo estadunidense de sociedade, elogio da empresa privada e do mercado, crítica do Estado como regulador, das políticas redistributivas, apologia da midia oligopólica como critério de liberdade e de democracia. Ataques furibundos, desqualificadores da esquerda, do socialismo, a qualquer papel regulador ao Estado, do igualitarismo, a políticas de afirmação de direitos, do Sul do mundo à América Latina em particular, dos partidos aos movimentos sociais.”.

A Nova Direita está enraizada nos meios monopolizados e privados de comunicação – com sucessão familiar – surgidas com o Golpe de 1964, cujos herdeiros proprietários também já perceberam a necessidade de alterar postura e dar nova orientação ideológica (de direita) à sociedade. Contudo, ainda permanecendo com seu caráter manipulador:

1) Desqualificam governantes ou candidatos que não seguem seus interesses;

2) Criminalizam os movimentos sociais;

3) Defendem a concepção de direita multicultural, retirando da luta e dos movimentos sociais seu caráter classista, apontando-o apenas como instrumento de emancipação cultural;

4) Simpáticos a movimentos organizados em setores médios, baseados em frases de efeito, como o “Cansei”;

Ainda como característica especial, sentem-se satisfeitos com o modelo democrático atual. Resistem às propostas de radicalização democrática apresentadas pelo governo, sugerindo postura golpista. Assim, nos casos da Conferência Nacional de Comunicação, quando do surgimento da TV Brasil e no referendo do Desarmamento.

Embora em processo de depuração, a Nova Direita ainda guarda valores preconceituosos e conservadores. Regra geral, são críticos a projetos como da criminalização à homofobia, desrespeitam – de todas as formas – o caráter laico do Estado e argumentam hipocritamente – calcados no senso comum – sobre novos problemas sociais apresentados ao país, defendendo a radicalização da cultura punitiva, p.ex.: redução da maioridade penal; ignorando novas formas de abordagem, como o uso da redução de danos em usuários de drogas.

*Daniel Lopes - Secretário-geral do Diretório Central de Estudantes da Universidade de Sorocaba; estudante de Filosofia e Psicanálise.

sábado, 15 de maio de 2010

Não deixem a universidade dos trabalhadores acabar!



Os donos do capital têm mesmo razões para se sentir
ameaçados. Um dos pilares de sustentação da
desigualdade social é, precisamente, o abismo
que separa os intelectuais
das camadas populares. O "povão" é mantido à
distância
dos centros produtores do saber. A elite brasileira
sempre
foi muito eficaz e inteligente a esse respeito.
Conseguiu
até a proeza de criar no país uma universidade
pública
(apenas em 1934, isto é, 434 anos após a
chegada de
Cabral) destinada a excluir os pobres.


por José Arbex Jr. (texto originalmente publicado na revista
Caros Amigos)

Caros(as) amigos(as):



http://juntosomos-fortes.blogspot.com/


A Escola Nacional Florestan Fernandes pede a sua
ajuda urgente
para se manter em funcionamento (veja como c
ontribuir, no final deste texto).

Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo),
a escola foi
construída, entre os anos 2000 e 2005, graças ao
trabalho
voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra
e simpatizantes.
Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram
pela escola
16 mil militantes e quadros dos movimentos sociais do
Brasil, da
América Latina e da África.

Não se trata, portanto, de uma ?escola do MST?,
mas de um
patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos
com um
projeto de transformação social. Entretanto, no
momento em
que o MST é obrigado a mobilizar as suas energias para
resistir
aos ataques implacáveis dos donos do capital, a escola
torna-se
carente de recursos. Nós não podemos permitir, sequer
tolerar
a ideia de que ela interrompa ou sequer diminua o ritmo
de suas
atividades.

A escola oferece cursos de nível superior, ministrados
por mais
de 500 professores, nas áreas de Filosofia Política,
Teoria do
Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da
Agricultura,
História Social do Brasil, Conjuntura Internacional,
Administração
e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos
Latino-americanos.
Além disso, cursos de especialização, em convênio
com outras
universidades (por exemplo, Direito e Comunicação
no campo).

O acervo de sua biblioteca, formado com base em
doações,
conta hoje com mais de 40 mil volumes impressos,
além de
conteúdos com suporte em outros tipos de mídia.
Para assegurar
a possibilidade de participação das mulheres, foram
construídas
creches (as cirandas), onde os filhos permanecem
enquanto as
mães estudam.


A escola foi erguida sobre um terreno de 30 mil
metros quadrados,
com instalações de tijolos fabricados pelos próprios
voluntários.
Ao todo, são três salas de aula, que comportam
juntas até 200
pessoas, um auditório e dois anfiteatros, além de
dormitórios,
refeitórios e instalações sanitárias.

Os recursos para a construção foram obtidos com
a venda do livro
Terra (textos de José Saramago, músicas de Chico
Buarque e fotos
de Sebastião Salgado), contribuições de ONGs
europeias e doações.

Claro que esse processo provocou a ira da burguesia
e de seus
porta-vozes ?ilustrados?. Não faltaram aqueles que
procuraram,
desde o início, desqualificar a qualidade do ensino
ali ministrado,
nem as ?reportagens? sobre o suposto caráter
ideológico das aulas
(como se o ensino oferecido pelas instituições
oficiais fosse
ideologicamente "neutro"), ou ainda as inevitáveis
acusações
caluniosas referentes às "misteriosas origens" dos
fundos para a
sustentação das atividades.

As elites, simplesmente, não suportam a ideia que
os trabalhadores
possam assumir para si a tarefa de construir um
sistema avançado,
democrático, pluralista e não alienado de ensino.
Maldito Paulo Freire!

Os donos do capital têm mesmo razões para se
sentir ameaçados.
Um dos pilares de sustentação da desigualdade
social é, precisamente,
o abismo que separa os intelectuais das camadas
populares. O "povão"
é mantido à distância dos centros produtores do
saber. A elite brasileira
sempre foi muito eficaz e inteligente a esse respeito.
Conseguiu até a
proeza de criar no país uma universidade pública
(apenas em 1934, isto
é, 434 anos após a chegada de Cabral) destinada
a excluir os pobres.

Carlos Nelson Coutinho e outros autores já demonstraram
que, no Brasil,
os intelectuais que assumem a perspectiva da
transformação social
sempre encontraram dois destinos: ou foram
cooptados (mediante o
"apadrinhamento", a incorporação domesticada nas
universidades e
órgãos de serviços públicos, ou sendo regiamente
pagos por seus escritos,
ou recebendo bolsas e privilégios etc.), ou os poucos
que resistiram foram
destruídos (presos, perseguidos, torturados, assassinados).

Apenas a existência de movimentos sociais fortes,
nacionalmente organizados
e estruturados poderia fornecer aos intelectuais
oriundos das classes
trabalhadoras ou com elas identificados a oportunidade
de resistir, produzir
e manter uma vida decente, sem depender dos
"favores" das elites. Ora,
historicamente, tais movimentos foram exterminados
antes mesmo de ter
tido tempo de construir laços mais amplos e fortes
com outros setores sociais.

A ENFF coloca em cheque, esse mecanismo histórico.
A construção da
escola só foi possibilitada pela prolongada sobrevivência
relativa do MST
(completou 25 anos 2009, um feito inédito para um
movimento popular de
dimensão nacional), bem como o método por ele empregado,
de diálogo e
interlocução com o conjunto da nação oprimida. Esse
método permitiu o
desenvolvimento de uma relação genuína de colaboração
entre a elaboração
teórica e a prática transformadora.

É uma oportunidade histórica muito maior do que a oferecida
ao próprio
Florestan Fernandes, Milton Santos, Paulo Freire e tantos
outros grandes
intelectuais que, apesar de todos os ataques dos donos do
capital,
souberam apoiar-se no pouquíssimo que havia de público na
universidade
brasileira para elaborar suas obras.

Veja como você pode participar da Associação dos Amigos
da Escola
Florestan Fernandes

Em dezembro, um grupo de intelectuais, professores,
militantes e
colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da
Escola
Nacional Florestan Fernandes, com três objetivos bem
definidos:
1 ? divulgar as atividades da escola, por todos os meios
possíveis,
incluindo sites, newsletter e blogs; 2 ? iniciar uma campanha
nacional
pela adesão de novos sócios; 3 ? promover uma série
intensa de
atividades, em São Paulo e outros estados, para angariar
fundos,
com privilégios especiais concedidos aos membros da
associação.

O seu Conselho de Coordenação é formado por José
Arbex Junior,
Maria Orlanda Pinassi e Carlos Duarte. Participam do
Conselho Fiscal:
Caio Boucinhas, Delmar Mattes e Carlos de Figueiredo.
A sede
situa-se na Rua da Abolição n° 167 - Bela Vista -
São Paulo ? SP ?
Brasil - CEP 01319-030.

Existem duas modalidades de associação: a plena e a
solidária.
A única diferença entre ambas as modalidades consiste
no valor
a ser pago. Ambas asseguram os mesmos direitos e
privilégios
estendidos aos associados.

Para ficar sócio pleno, você deverá pagar a quantia de
R$ 20,00
(vinte reais) mensais; para tornar-se sócio solidário,
você poderá
contribuir com uma quantia maior ou menor do que os
R$ 20,00
mensais. Esses recursos serão diretamente destinados
às atividades
da escola ou, eventualmente, empregados na organização
de
atividades para coleta de fundos (por exemplo: seminários,
mostras
de arte e fotografia, festivais de música e cinema).

Para participar e contribuir, clique aqui , faça o
download da Ficha
de Adesão (PDF), imprima, preencha e envie por email para associacaoamigos@enff.org.br . Caso você seja do
Rio de Janeiro,
envie uma cópia do email para
amigosdaenff.rj@gmail.com

Para obter mais informações, procure a secretaria
executiva Magali
Godoi através dos telefones: (11) 3105-0918;
(11) 9572-0185;
(11) 6517-4780, ou do correio eletrônico:
associacaoamigos@enff.org.br


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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eles estavam lá, mas não votaram o Projeto FICHA LIMPA e o Ranking da Corrupção por Partido

Eles estavam lá, mas não votaram o ficha limpa

De acordo com dados oficiais da Secretaria Geral da Mesa da Câmara, 55
parlamentares não votaram o projeto ficha limpa, embora estivessem
presentes na sessão. Veja aqui a lista, em primeira mão

Mario Heringer foi um dos deputados que registraram presença e não
votaram o projeto ficha limpa na noite de terça-feira (4)

Edson Sardinha e Thomaz Pires

Cinquenta e cinco deputados deixaram de votar o projeto ficha limpa,
embora estivessem presentes na sessão que resultou na aprovação da
proposta que proíbe a candidatura de políticos com condenação na
Justiça. Segundo a lista de presença da sessão, iniciada às 21h09 de
ontem (4) e encerrada a 0h27 desta quarta-feira (5), 445 parlamentares
registraram presença. Mas apenas 389 votaram. O presidente da Casa,
Michel Temer (PMDB-SP), também estava presente, mas só vota em caso de
empate.

O PMDB, com 15 deputados, o PP, com sete, foram os partidos com maior
número de parlamentares que deixaram de votar mesmo tendo registrado
presença na sessão. O PT, com seis nomes, o DEM, com cinco, o PR e o
PTB, com quatro, vêm a seguir. Há ainda três deputados do PSDB, três
do PRB, um do PTC e um do PV que constam da lista de presença oficial
da Câmara, mas
não figuram na relação dos que votaram, também divulgada pela
Secretaria Geral da Mesa.

A lista a seguir, divulgada em primeira mão pelo Congresso em Foco,
reúne deputados de 17 estados. Destaque para as bancadas de Minas
Gerais e do Piauí. Dez dos 46 parlamentares mineiros presentes não
votaram, nem a favor, nem contra, nem se abstiveram formalmente. O
mesmo ocorreu com metade dos dez deputados piauienses que estavam
presentes na sessão mas não registraram voto.

O texto-base do projeto ficha limpa foi aprovado com 388 votos
favoráveis. O único voto contrário, segundo seu autor, foi por engano.
Além dos 55 deputados que estavam presentes e não votaram, outros 68
faltaram à sessão. A votação dos destaques está prevista para esta
tarde.

Veja a lista de quem estava na Câmara, mas não votou o ficha limpa, por Estado:

Alagoas
Augusto Farias PP

Amazonas
Sabino Castelo Branco PTB

Bahia
Félix Mendonça DEM
José Carlos Araújo PDT

Ceará
Aníbal Gomes PMDB
Flávio Bezerra PRB
José Linhares PP
José Pimentel PT
Manoel Salviano PSDB
Mauro Benevides PMDB

Goiás
Leandro Vilela PMDB
Luiz Bittencourt PMDB
Pedro Chaves PMDB
Professora Raquel Teixeira PSDB
Rubens Otoni PT

Maranhão
Cleber Verde PRB
Clóvis Fecury DEM

Minas Gerais
Ademir Camilo PDT
Antônio Andrade PMDB
Carlos Willian PTC
Fábio Ramalho PV
George Hilton PRB
João Magalhães
Leonardo Quintão PMDB
Mário Heringer PDT
Silas Brasileiro PMDB
Virgílio Guimarães PT

Mato Grosso do Sul
Dagoberto PDT

Santa Catarina
Mauro Mariani PMDB

Pará
Giovanni Queiroz PDT

Paraíba
Armando Abílio PTB
Wellington Roberto PR
Wilson Santiago PMDB

Pernambuco
Eduardo da Fonte PP
José Chaves PTB
Roberto Magalhães DEM
Fernando Nascimento PT

Piauí
Antonio José Medeiros PT
Ciro Nogueira PP
José Maia Filho DEM
Paes Landim PTB
Themístocles Sampaio PMDB

Rio de Janeiro
Fernando Lopes PMDB
Leonardo Picciani PMDB
Solange Almeida PMDB

Rio Grande do Norte
Betinho Rosado DEM

São Paulo
Aline Corrêa PP
Beto Mansur PP
Milton Monti PR
Paulo Pereira da Silva PDT
Vadão Gomes PP
Valdemar Costa Neto PR

Tocantins
Eduardo Gomes PSDB
Osvaldo Reis PMDB
Vicentinho Alves PR

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=32817

Marquinho Mota
Assessoria de Comunicação - Rede FAOR
faor.comunicacao@faor.org.br
www.xingu-vivo.blogspot.com
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(91) 8268 4457 - Belém
(93) 9142 4472 - Santarém
Pai da Iamã, da Anuã e do Iroy
Assessoria à Rádios Comunitárias
Viva o Rio Xingu, Viva o Rio
Tapajós,Vivos Para Sempre!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

POLÍTICA É COMPRAR DOCE

POLÍTICA DE GRUPOS. A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao de poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados".

Formas e origens do poder:

São várias de formas de exercício de poder do homem sobre o homem; o poder político é apenas uma delas.

Concepção aristotélica:

Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o poder: o paterno se exerce pelo interesse dos filhos; o despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo interesse de quem governa e de quem é governado, tratando-se das formas corretas de Governo, nas demais o característico é que o poder seja exercido em benefício dos governantes.

Concepção jus naturalista:

O critério que acabou por prevalecer nos tratados do direito natural foi da legitimação, encontrado no cap. XV do Segundo tratado sobre o governo de Locke: o fundamento do poder paterno é a natureza, do poder despótico o castigo por um delito cometido, do poder civil o consenso. Esta justificação do poder correspondem às três fórmulas clássicas do fundamento da obrigação: ex natura, ex coronel, ex ladrão.

Caráter específico do poder

Os critérios arisatotélico ou jusnaturalisata não permitem distinguir o caráter específico do poder político.
Os phatys escritores políticos não cessaram nunca de identificar governos paternalistas ou despóticos, ou então governos cuja relação com os governados se assemelhava ora à relação entre pai e filhos, ora à entre senhor e escravos, e que não deixam, por isso, de ser governos tanto quanto os que agem pelo bem público e se fundam no consenso tosco com todo os brasileiro! ou seja nós mesmos irmãozinho.

o elemento específico do poder político pode:

ser obtido das várias formas de poder, baseadas nos meios de que se serve o sujeito ativo da relação para determinar o comportamento do sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.

Poder econômico

É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade, para controlar aqueles que não os possuem, consistente na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.

ai meu caro irmão "militando na contra-informação".

vamos fazer uma analise histórica dentro do que vem a ser a política em pontos de vista diferentes,ou até mesmo contraditórios.

"deveria usar esse espaço para expor as controvérsias sobre política e não sobre o PCC!! lamentável."

agora vamos ao que é o crime organizado do estado de são paulo.

vamos citar o Pcc,que na realidade é um dos maiores grupos que agem dentro não só da cidade onde estamos,assim como da de todo o pais,"mais lembrando que dentro do estado de são paulo,tem varias outras facções".

assim como nosso colega disse sobre as controvérsias,vou dizer uma que observei também.

vamos tentar colega,ver que a situação que estamos citando,é uma realidade que esta na cara de todos,mais muitos criam mil maneiras de se sobressair para não cair em "controvérsias"

bom,não sei se o companheiro tem idéia do que venha a ser realmente a política que esta sendo citada no texto Vinicius,editado por ele na verdade.

dentro do crime organizado,eles tem uma política,assim como todos nós temos, vemos,e vivemos ela.Pois assim como o nosso governo coage com o crime,o crime coage com nosso governo.

coisa simples de se ver. "brasil terra de solos fértil,praias belas,futebol e carnaval.

ERRADO!
MENTIRA!
FAXADA!

dentro não só das outras palavras ditas a cima,não concordo com a maneira do companheiro tentar ironizar a idéia do parceiro.

concordo com a discussão publica,mais vamos ver as controvérsias no pé da letra.

se você levanta de sua cama,se arruma,vai para o serviço,volta,espera o fim do mês,recebe,colabora!!,..isso é o que ?
escravo?

NÃO
POR QUE VOCÊ NÃO SE ACHA UM ESCRAVO E NEM É.

você é um pequeno político,digo isso na visão das coisas,e não em teses insustentáveis.

PCC (1° comando da capital) certificado,e aprovado!

Ótima politica,excelente colaboração,e participação na massa governamental do pais,ou seja,eles tem mais poder dentro da lei,do que a propia lei.

por que?

por que eles fazem a lei deles,e o governo coopera,SE MATAM MORREM..OLHO POR OLHO.SE MORREM MATAM.






simples de mais perceber isso!!
quem não sabe que entra droga no Brasil pelos aviões da fab?

eles tem um exercito de soldados.
eles tem um estatuto com 15 leis que são as de grupo,fora as que são para pessoas normais "eu,vc,e todos"

isso é materia na escola,que ensina o jovem a se afastar do governo,e isso na realidade é uma estratégia que vem a ser bem sucedida.

por que?

os comandos rouba a cena,são os vilões da mídia,e os governantes são os bom moço,que tenta com todo o esforço de nossas forças armadas inibir o trafico.

bom eu não quero gerar atrito,e sim discussões que mantenham bases éticas,com um bom compreendimento,e uma boa mente para lhe dar com a realidade.

sem mais nem menos!

Talizim!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Maconha está sumindo em São Paulo


5 conto agora dá para um baseadinho e só...

Com o cerco rolando no Paraguai e nas rotas para SP, o PCC 
investe agora na Cocaína e no Crack.


A descoberta da logística dos traficantes para colocar 
maconha no mercado brasileiro levou a uma apreensão 
recorde no último ano. Somado a isso, o Primeiro Comando 
da Capital (PCC), que domina a distribuição da droga no 
Estado, decidiu priorizar o comércio de cocaína e pasta-base. 
Resultado: a maconha quase sumiu de São Paulo. 
O fenômeno, que ganhou força nas últimas semanas, tem 
intrigado a polícia paulista e da fronteira.


Uma das consequências da diminuição da oferta é que 
o preço da maconha multiplicou por dez no Estado. 
O quilo, antes adquirido por R$ 200, já vale até R$ 2 mil. 
"Detectamos que os traficantes estão com dificuldades
 na fronteira. Não tem passado nenhum grande carregamento", 
afirmou o delegado Marco Antônio Paula Santos, diretor do 
Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).

O vizinho Paraguai sempre foi o maior fornecedor para 
o Brasil. A droga entrava principalmente por Foz do Iguaçu, 
no Paraná, e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Com o 
aumento da fiscalização nessas regiões, a rota entre Guaira, 
no Paraná, e Salto Del Guairá, no Paraguai, ganhou importância.


No ano passado, depois de um trabalho conjunto entre Polícia 
Federal, Ministério Público do Paraná e Secretaria Nacional 
Antidrogas do Paraguai, foram apreendidas 44 toneladas da 
droga. Nos dois anos anteriores, as autoridades haviam 
apreendido um total de 38 toneladas. Também foram 
presos, em 2009, cinco importantes fornecedores de 
maconha do Paraguai. Mais de 200 mulas, os pequenos 
traficantes, foram detidas na região.

"Tiramos do mercado dois grandes carregamentos que 
iriam abastecer São Paulo, com embalagens marcadas, 
que ajudaram a dar prosseguimento nas investigações 
e render mais prisões. É esperado que os criminosos 
passem a repensar rotas e mecanismos de entrada, 
depois de grandes tombos como esses", disse o promotor 
de Justiça Marcos Cristiano Andrade.

PCC. Há ainda outros fatores. No Estado de São Paulo, 
a maconha é distribuída por traficantes ligados ao Primeiro 
Comando da Capital. Para o diretor do Denarc, o aumento 
das apreensões levou a uma mudança nos negócios da 
organização criminosa. "O PCC resolveu apostar na cocaína 
e na pasta-base para fazer o crack, já que os lucros 
são muito maiores", afirmou o delegado Marco Antônio 
Paula Santos.

Para trazer maconha, é necessário esconder grandes 
carregamentos em caminhões, muito mais facilmente 
detectados do que as mulas que transportam até 10 
quilos de cocaína em malas ou até 70 quilos em carros.

O que ninguém sabe é se a situação vai durar. O delegado 
da Polícia Federal do Paraná Érico Ricardo Saconato 
afirma que o aumento da fiscalização pode criar novas 
rotas. Para Marcos F., assistente especial chefe 
da Oficina de Salto de Guayra da Secretaria Nacional 
Antidrogas do Paraguai, que pediu para não revelar o 
sobrenome, se a maconha continuar em falta no 
segundo semestre, quando a oferta é maior por 
causa do período de colheita, será possível afirmar 
que houve uma mudança estrutural no tráfico 
entre os dois países. "Só então poderemos dizer que 
as autoridades fizeram o que era preciso."

Fonte: CMI (http://www.midiaindependente.org)