Nas comemorações do Dia Internacional dos Trabalhadores, o presidente
Lula e a pré-candidata Dilma Rousseff participaram dos três principais
atos em São Paulo. Ambos foram recebidos com entusiasmo por mais de
1,5 milhão de pessoas nestas festividades, que tiveram como bandeira
central a luta pela redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.
Já o presidenciável demotucano José Serra preferiu não participar das
manifestações do 1º de Maio.
Rechaçado pelas seis centrais sindicais legalizadas no país, o
candidato da oposição neoliberal-conservadora aproveitou a data para
participar de um culto religioso organizado pela Assembléia de Deus em
Santa Catarina. O evento foi bancado pela prefeitura de Camboriú e
pelo governo do estado, ambos administrados por tucanos. Eles
destinaram R$ 540 mil para o evento, nos quais alguns pastores fizeram
orações em apoio explícito a José Serra. A mídia demotucana, que
critica tanto as centrais sindicais por receberem recursos públicos,
preferiu ocultar a doação “sagrada”.
Teste de múltipla escolha
Mas por que José Serra não foi aos atos do 1º de Maio? Afinal, como
ex-governador, ele até foi convidado oficialmente pela Força Sindical.
Para o presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o
Paulinho, a resposta é simples: “Ele tem medo dos trabalhadores”. Há
outras hipóteses e o leitor pode votar numa das cinco elencadas abaixo
neste teste de múltipla escolha:
1) Como ex-deputado na Assembléia Nacional Constituinte, em 1987/88,
ele votou contra vários direitos dos trabalhadores, segundo
levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap), e temia ser lembrado por seu nefasto passado e vaiado pelos
manifestantes;
2) Como ex-ministro de FHC, ele foi cúmplice da regressão trabalhista
promovida nos oito anos de reinado tucano, que gerou recordes de
desemprego, arrocho salarial, informalidade da mão-de-obra e
precarizaçao do trabalho. Serra, cupincha de FHC, seria lembrando por
esta tragédia;
3) Como ex-governador de São Paulo, Serra reprimiu violentamente todas
as mobilizações dos trabalhadores, como a recente greve dos
professores. Intransigente, ele nunca aceitou negociar com os
sindicatos ou com o MST. A vingança poderia ser maligna nos atos do 1º
de Maio;
4) Como candidato à presidente, o tucano representa o que há de mais
reacionário no patronato e expressa suas idéias de flexibilização
selvagem das leis trabalhistas. Será que ele teria coragem de defender
a redução da jornada de trabalho? Do contrário, tome mais vaias;
5) Todas as alternativas anteriores – e muitas outras.
Altamiro Borges.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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